Rota Wellington
No contexto de aliança entre as potências europeias para fazer frente a Napoleão surge a imagem de Arthur Wellesley, que pelos seus êxitos nos campos de batalha da Europa recebeu a dignidade de Duque de Wellington, sendo o protagonista deste
itinerário.
Marechal e político, Arthur Wellesley, duque de Wellington, nasceu em 1769, em Dublin e faleceu em Walmer Castle, a 14 de setembro de 1852. Seguiu a carreira militar, tendo recebido grande parte da sua formação em França.
Wellington participou de uma ou de outra forma no desenvolvimento completo da guerra e podemos afirmar que a sua figura é visível em todas as rotas desenhadas dentro deste projeto. Pelos acontecimentos em que interveio e a sua importância no desenvolvimento posterior, não só na Guerra Peninsular, mas também do resultado das guerras napoleônicas em toda a Europa, justifica a criação de uma rota em sua honra, uma vez que juntamente com o próprio Napoleão é a personagem mais célebre deste período controverso no tabuleiro europeu de princípios do século XIX. Por esse motivo organizou-se uma rota que percorresse os lugares onde deixou as suas marcas: desde quartéis, igrejas, conventos, mosteiros, fortalezas, caminhos até aos campos de batalha.
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Em junho de 1811 Wellington iniciou uma campanha para expulsar os exércitos franceses para fora da Península que só terminou em 1814 e teve como acontecimentos mais imponentes a reconquista da Cidade Rodrigo e de Badajoz (Batalha de Badajoz), a Batalha de Arapiles (Salamanca) considerada como uma das mais importantes batalhas da Guerra da Independência e o início do fim para Napoleão. O exército aliado – ingleses, portugueses, alemães e espanhóis –, sob o comando do Duque de Wellington, derrotou o francês, sob as ordens do marechal Marmont.
Em 1815, Wellington contribuiu ainda para o fim do império napoleónico, após vinte e três anos de guerra entre a França e outros países europeus, em Waterloo (Bélgica), onde os exércitos de Wellington (inglês) e de Blücher (prussiano) se agruparam contra as tropas francesas. Esta derrota provocou a queda de Napoleão.
O vasto itinerário aqui proposto segue no encalço de Wellington desde Sobral de Monte Agraço a Leiria, passando por Torres Vedras (Linhas de Torres) e Vimeiro, depois de Leiria segue para Mortágua passando pela Serra do Bussaco (Batalha do Bussaco) e Coimbra, daqui segue até Almeida passando por Viseu e atravessa a fronteira para Cidade Rodrigo, Salamanca até Valladolid passando por Zamora.
Dos 7 itinerários planificados este é sem dúvida o mais representativo da Guerra Peninsular e de este período, já que as suas etapas acontecem praticamente idênticas em Portugal e Espanha e exemplifica o verdadeiro significado desta disputa que uniu as forças dos dois países ibéricos com a ajuda inestimável do exército de Grã-Bretanha e do Duque de Wellington, como grande aliado que procurava no sul da Europa travar o entusiasmo expansionista de Napoleão.